06 julho 2011

E o Que Eh a Verdade...A Pergunta de Pilatos Nao Mereceu Resposta



Verdade! E o que eh a verdade...Cristo nao respondeu a Pitatos. Se ele nao sabe, eh porque lhe falta discernimento.
 


A negação da Verdade objetiva tem conseqüências terríveis na vida dos povos. Os filósofos irracionalistas põem em marcha os partidos que os festejam, e os partidos geram assassinos políticos. É aqui que a serpente faz seu ninho. É também o ninho do comunismo, pois Karl Marx, a seu modo, no famoso aforismo dizia que "até agora os filósofos cuidaram de interpretar o mundo; a questão é transformá-lo".


Nietzsche, embora considerasse o socialismo um derivado da "degeneração cristã", acerta o passo com Marx, ao também pôr ênfase na ação, em desprezo ao conhecimento: "Acaso devo eu cobiçar o conhecimento, como um Leão, o seu alimento?", ensinava Zaratustra, ao propor a substituição da busca da Verdade por novas formas sublimes de viver a vida - aí entendidas a alta poesia, a música, a arte em geral, formas de que dava como exemplo as perversões das bacanais dionisíacas da Grécia antiga, em que se ofereciam vidas humanas em festins pavorosos, onde rolavam vinho, sexo, perversões e, claro, bastante sangue e mortes.


O cristianismo é decadência, asseverava Nietzsche. Sócrates foi um degenerado, exatamente porque acreditava na Verdade una e objetiva. Boa então não era a Grécia de Sócrates, mas a do mitológico deus Dionísio e suas bacanais. Em vez do esforço do pensamento e do culto da Razão socrático, o filósofo ensinava a apologia da banacais. Eis o "sim à vida" ensinado por Nietzsche. Não admira que os nazistas tinham gozo e prazer ao sodomizar e matar prisioneiros avulsos, sem nenhuma culpa, pois nisso eram, como o "mestre", bem dionisíacos.


Por isso muito se diz, e com razão, a meu ver, que o nazismo foi também um "movimento estético": grandes pórticos, monumentos colossais, delírios megalomaníacos, culto de césar na pessoa de Hitler (é o que dá, quando os homens escolhem chamar de mestre e adorar um dentre eles), mentalidade higienista da raça pura, genocício de povos tidos como inferiores - em especial o povo semita - transformado juridicamente em não-pessoas.


Eis aí o novo mundo melhor, que aporta sempre no inferno dos campos de concentração e gulags. Desmistificar o marxismo, pois, é questão que diz respeito ao valor supremo da liberdade, nada temos a perder senão os grilhões do embotamento cerebral e os genocícios.


Em substituição aos cursinhos de formação de "militantes", inúteis para elevar ao conhecimento verdadeiro, a Filosofia precisa ser chamada à ordem-do-dia entre nós, principalmente entre os mais jovens - feitos matéria-prima dos totalitarismos. Aprender que existe fora de nossos umbigos a Verdade, que se nos impõe, de nós não depende, e que ela nos é dada ao conhecimento pelo esforço de observação e pensamento, como ensinaram Sócrates, Platão e Aristóteles e, na trilha destes gigantes do pensamento racional, as melhores doutrinas liberais do século XX e deste - eis a questão urgentíssima. Ou, então, a barbárie nos espreita.


Trata-se de afastar a loucura nietzschiana, devoradora do próprio dono, que um dia, num surto psicótico violento em Turim, agarrou pelas orelhas um cavalo - aos brados, vociferando contra o carroceiro. Terminava ali Nietzsche, o filósofo que se dizia "o anticristo", e nascia o louco em estado puro. A loucura nietzschiana é também a loucura dos irracionalismos filosóficos, dos agnósticos e dos gurus modernos à Derrida e seus desconstrucionismos, a loucura das peripécias e truques dos que, já não acreditando na Verdade, lançam-nos o convite para os seguirmos numa empreitada que leva do nada ao lugar nenhum.


É imperativo escapar deste cipoal sufocante, onde as idéias turvas alcançam status não pelo que mostram, mas pelo que escondem. Filosofia não é truque nem jogo de palavras. A palavra vale. O pensamento pode fluir e atingir a Verdade, no curso da história humana, pois para isso fomos feitos - para ascender no longo aclive que leva do estranhamento à compreensão das coisas. Valemos mais que os pássaros, pois temos aquele assombro de que falava Aristóteles, que nos faz perguntar e pensar - e do qual nasce a Filosofia.


O sim seja o sim,e o não, não, o que daí passa é corrupção do pensamento, coisa do maligno.



























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