09 setembro 2011

Um Sujeito Muito Vigarista




Todo vigarista num debate usa o argumento contra a pessoa - catalogado pela lingua latina como argumentum ad hominem.  Em vez de responder aos argumentos que se lhe opoem, passa a atacar caracteristicas pessoais do debatedor. No meu caso, eh a doença que passa a ser o alvo preferido dos punguistas da logica. Confesso que a falacia causa-me extrema indignaçao, salvo quando vinda de corruptos. A esses rapaces da coisa publica, punidos ou impunes, nem respondo. Deixo-os falando sozinho, choramingando pelos cantos ou esbravejando ofensas. Nao vale a pela dar trela para a escoria moral.

Contudo, em nao sendo um corrupto reconhecido, sempre me defendo quando sou atacado por estar doente - pois nao consta que estar com enfermidade constitua algum delito.

O sujeito que atende pelo nome de Ramiro Assumpçao eh um vigarista. Peguei-o de calças curtas e expus a sua falta de coerencia, de logica, tudo isso embrulhado num texto de portugues ginasiano, hipotecando solidariedade a desconhecido. Fiz-lhe uma critica branda. Confiar em quem nao se conhece resulta perigoso a crianças e adultos. Eh temerario e irresponsavel, notadamente quando o desconhecido pode ser um bandido. No entanto, para preservar o sujeito, omiti totalmente a referencia ao nome dele no artigo corruptos em pele de cordeiro.

Para minha surpresa, recebo de uma colega um recorte do Espaço do Auditor, em que o homem dispensa-me a seguinte cortesia:

Por último, com relação às palavras proferidas por você a meu respeito, não vou rebatê-las por condescendência ao seu estado de saúde, e deixo-o à vontade para bazofiar enquanto ainda lhe resta um fio de vida.

Enquanto ainda me resta um fio de vida! Vejo bem como eh condescendente o homem! Eh um exemplo de bondade e amor ao proximo! - mais um corvo apto a integrar a equipe dos doutores da alegria!, que pulula no Espaço do Auditor.

 Nao se demite mais de 200 funcionarios da Receita impunemente. Permanecem muito odio e rancor pairando no ar. A quantidade de mensagens anonimas que recebi nesses tempos dificeis passa da centena, todas ao estilo do vigarista Ramiro Assumpçao.


Somente por debochar de pessoa doente, esse tipo ja merece uns tapas no focinho, se pior nao for a sua real condiçao, a exigir maior represalia. 

Olhe aqui, sujeito hipocrita; voce nao tem nem merece condescendencia. Homenzinho insensato, acaso a vida de cada um de nos nao esta por um fio...Voce se considera invulneravel a doenças, a balas perdidas, aos acidentes fatais - a todos os perigos que, permanentemente, rondam mulheres, homens e crianças...

Seu deboche prova que nao eh por condescendencia que voce nao me rebate. Eh por covardia. Voce nao tem argumentos para enfrentar-me e, por isso, restou-lhe usar a falacia ad hominem. Que coisa feia ser vigarista, hipocrita e covarde, tudo isso junto de uma vez! Resta saber que mais voce eh...que mais ainda!  

2 comentários:

Cláudio Silva Menezes disse...

Meu querido Genro Moacir, orgulho-me de tua sensível coerência. Enquanto você está doente do corpo, uma fatalidade a que qualquer um está sujeito, o cidadão Ramiro Assunção não "assume o ramiro" de seu caráter doente. Parabéns meu querido e admirável amigo,
Abraços e beijos nos corações de todos

Rosani Miller disse...

Querido Moacir,
Como nao fosse suficiente viver uma vida amarrada a imoralidade, o caro Ramiro Assuncao soma a isso a ignorante ilusao de imortalidade. Tanto mais poderia fazer com um corpo funcional, mas claramente se ve impedido por uma mente doentia.
Que exemplo de vida nos das tu Moacir, vivendo com imitacoes fisicas nas quais poderias encontrar faceis justificativas para cair na queixa, na amargura e em tantas outras fraquezas de todos nos humanos. No entanto, tens mostrado que e possivel fazer o maximo com o que se tem, dedicando teu tempo e energia a luta de muitos brasileiros por um pais onde a corrupcao ja nao seja aceita como inerente a cultura.
Como disse Stephen Hawkings, um genio da fisica que vive ha 40 anos por um fio de vida em funcao da ELA: "I try to lead as normal a life as possible, and not think about my condition, or regret the things it prevents me from doing, which are not that many."
1 grande abraco.
Rosani Miller