16 maio 2006

De Costas para o Crime


O autor deste blog, então corregedor da Receita, enquanto andava pelas ruas do Rio, em busca do dinheiro roubado pelo propinoduto, que foi parar na Suíça. Sob ameaça de "tiro na cabeça", olhei para a direita. E se a bala viesse pela esquerda, como veio a maior quadrilha da república?

Amigos, não acreditem em Chico Buarque. Não chamem o ladrão, que ele vem sozinho ou em bandos. A "organização criminosa" que se lançou sobre o dinheiro público dentro do Estado só pode mesmo encontrar paralelo no terrorismo do PCC nas ruas de São Paulo, contra a polícia e os cidadãos. Estamos ao desamparado e sem esperança. Chico Buarque, que recomendava chamar o ladrão e não a polícia, acaba de dizer que vota nos quadrilheiros. Ele vai continuar chamando os ladrões.
O Estado está de joelhos, as malfeitorias governando o Brasil, dando discurso e buscando a reeleição. Roubaram a Petrobrás lá na Bolívia e os engenheiros da própria empresa publicam manifesto dizendo que o petróleo é mesmo dos bolivianos. Vamos mandar esses entreguistas plantar coca na Bolívia, deveriam ir para a rua da empresa. Não têm autoridade nenhuma, são traidores da pátria, flibusteiros ideológicos - o retrato horroroso de nossa época, a época da corrupção impune, da mentira vitoriosa, da confusão de valores e espertezas gerais dos mensaleiros e corruptos genéricos.
Até a OAB confundiu-se e tremeu. Ficou na metade do caminho. Acorda Faoro, teus pares já não sabem mais ir até o fim do caminho na defesa das mais caras bandeiras da ordem. Os mercadores do "partido ético" de ontem, dizem, não querem mais discutir ética; agora a questão é a economia, que estaria nos céus. Recordando Palocci, o dantesco ministro, já não é passada a hora de mandá-los todos para o inferno, onde o violador de sigilo os aguarda no último círculo, com aquela cara de sonso?
Ou bem mandamos esses caras para o inferno ou iremos nós próprios no lugar deles.

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